Apesar
de, Cabo Verde passar por momentos de crise, muitos Africanos (Guineenses,
Senegaleses, Nigerianos, Santomenses) que vive com dificuldades financeiras no
seu dia-a-dia, alguns deles resolveram deixar o seu país natal e vieram para
Cabo Verde a procura de melhores condições de vida para si e para os seus
familiares.
Anthony Obpavi de
38 anos, Nigeriano, residente em Cabo Verde, há oito anos, na localidade de
Achada S. Filipe Praia.
“Quando
cheguei em Cabo Verde não tinha conhecidos, no entanto tive dificuldades com a
adaptação a cultura, inclusive no domínio da língua crioula que foi uma fase
extramente difícil, isso dificultou muito a minha integração”, conta Anthony
Obpavi.
Acrescenta
ainda, que anteriormente sentia-se rejeitado porque alguns Cabo-verdianos
chamavam-lhe de “mandjaco”, masque já superou este problema, que considera uma mera ignorância.
Em 2009 abriu a sua própria Barbearia, diz que antes tinha mais
rendimento porque havia poucas concorrências, mas actualmente aumentaram de
barbearia no local, com isso o rendimento está fraco e não chega para ajudar os
familiares no país de origem e nem para satisfazer as suas necessidades.
Mamadu
Djaló, de 26 anos guineense, costureiro, encontra-se no país há três anos.
residiu na localidade de Tira Chapéu Praia, por apenas dois meses. Posteriormente,
por motivos pessoais teve que deslocar-se para habitar num outro bairro.
Ao
contrário de Anttony Obpavi, diz que quando chegou em Cabo Verde não teve muitos
problemas, tinha um irmão que vive em Cabo Verde ha 10, e isso ajudou-lhe muito.
“Consegui
um trabalho numa oficina, trabalhei como
mecânico na oficina por apenas seis meses, e foi desta forma que consegui
juntar dinheiro, meses depois comprei uma máquina de costura e começei a
costurar, tarefa que antes desempenhava na Guiné-Bissau”, afirma Djalo.
Fatíma
Cissokho de 39 anos de idade natural de Senegal residente em cabo verde há seis
anos, casada, têm três filhos, (2 rapazes, 1 menina),é cabeleireira. Fathima
ao contrário de Mamadu Ddjaló, não teve nenhum problema com a documentação, eu
e a minha família somos legalizados. Cissokho, veio para cabo verde no ano de
2009, com o pedaço da sua vida juntamente com ela, (o seu filho primogénito). Anos
depois reencontrou o seu esposo Victor Cissokho que vive em Cabo Verde a mais
de 10 anos, no bairro de Fazenda na cidade da Praia, depois de muito bem
estabilizada teve os outros dois filhos, ambos de nacionalidade cabo-verdiana.
“No início o filho mais velho, teve vontade de regressar para a sua terra natal por causa da má integração, mas agora se sente muito bem inserido na cultura. Porém declaro hoje que sou feliz com aquilo que construí durantes anos de luta e muita dedicação com trabalho e com a minha família", afirma Fatíma Cissokho .
Contudo, com a semelhança de entre outros países, em que pessoas emigram para outras fronteiras e viajam pelas outras realidades, vivenciando e enfrentar barreiras, de tudo isso é o que a vida oferece e dispõem, no entanto as emigrações derivam basicamente por motivos pessoais e profissionais com a finalidade de melhor e aperfeiçoar as condições de vida.
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