sexta-feira, 3 de junho de 2016

Imigração: Realidade de alguns Africanos residentes em Cabo Verde

Apesar de, Cabo Verde passar por momentos de crise, muitos Africanos (Guineenses, Senegaleses, Nigerianos, Santomenses) que vive com dificuldades financeiras no seu dia-a-dia, alguns deles resolveram deixar o seu país natal e vieram para Cabo Verde a procura de melhores condições de vida para si e para os seus familiares.       

Anthony Obpavi de 38 anos, Nigeriano, residente em Cabo Verde, há oito anos, na localidade de Achada S. Filipe Praia.
“Quando cheguei em Cabo Verde não tinha conhecidos, no entanto tive dificuldades com a adaptação a cultura, inclusive no domínio da língua crioula que foi uma fase extramente difícil, isso dificultou muito a minha integração”, conta Anthony Obpavi.     
Acrescenta ainda, que anteriormente sentia-se rejeitado porque alguns Cabo-verdianos chamavam-lhe de “mandjaco”, masque já superou este problema, que considera uma mera ignorância.
Em 2009 abriu a sua própria Barbearia, diz que antes tinha mais rendimento porque havia poucas concorrências, mas actualmente aumentaram de barbearia no local, com isso o rendimento está fraco e não chega para ajudar os familiares no país de origem e nem para satisfazer as suas necessidades.

Mamadu Djaló, de 26 anos guineense, costureiro, encontra-se no país há três anos. residiu na localidade de Tira Chapéu Praia, por apenas dois meses. Posteriormente, por motivos pessoais teve que deslocar-se para habitar num outro bairro.
Ao contrário de Anttony Obpavi, diz que quando chegou em Cabo Verde não teve muitos problemas, tinha um irmão que vive em Cabo Verde ha 10, e isso ajudou-lhe muito. 
“Consegui um trabalho numa oficina, trabalhei  como mecânico na oficina por apenas seis meses, e foi desta forma que consegui juntar dinheiro, meses depois comprei uma máquina de costura e começei a costurar, tarefa que antes desempenhava na Guiné-Bissau”, afirma Djalo.        

Fatíma Cissokho de 39 anos de idade natural de Senegal residente em cabo verde há seis anos, casada, têm três filhos, (2 rapazes, 1 menina),é cabeleireira. Fathima ao contrário de Mamadu Ddjaló, não teve nenhum problema com a documentação, eu e a minha família somos legalizados. Cissokho, veio para cabo verde no ano de 2009, com o pedaço da sua vida juntamente com ela, (o seu filho primogénito). Anos depois reencontrou o seu esposo Victor Cissokho que vive em Cabo Verde a mais de 10 anos, no bairro de Fazenda na cidade da Praia, depois de muito bem estabilizada teve os outros dois filhos, ambos de nacionalidade cabo-verdiana.

“No início o filho mais velho, teve vontade de regressar para a sua terra natal por causa da má integração, mas agora se sente muito bem inserido na cultura. Porém declaro hoje que sou feliz com aquilo que construí durantes anos de luta e muita dedicação com trabalho e com a minha família", afirma Fatíma Cissokho . 

Contudo, com a semelhança de entre outros países, em que pessoas emigram para outras fronteiras e viajam pelas outras realidades, vivenciando  e enfrentar barreiras, de tudo isso é o que a vida oferece e dispõem, no entanto as emigrações derivam basicamente por motivos pessoais e profissionais com a finalidade de melhor e aperfeiçoar as condições de vida.

         

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